DAS RAPARIGAS
Outros devem ir por longos caminhos
até aos obscuros poetas;
perguntam sempre a alguém
se não terão visto algum cantando
ou de mãos pousadas em cordas.
Só as raparigas não perguntam
que ponte leva às imagens;
sorriem só, mais luminosas que fiadas de pérolas
guardadas em conchas de prata.
Cada porta das suas vidas abre
para um poeta
e para o mundo.
Rainer Maria Rilke
Outros devem ir por longos caminhos
até aos obscuros poetas;
perguntam sempre a alguém
se não terão visto algum cantando
ou de mãos pousadas em cordas.
Só as raparigas não perguntam
que ponte leva às imagens;
sorriem só, mais luminosas que fiadas de pérolas
guardadas em conchas de prata.
Cada porta das suas vidas abre
para um poeta
e para o mundo.
Rainer Maria Rilke
DA RAPARIGA
malditos poetas, mau caminho, terra e o mundo gosta de alcatrão, mas o mundo tem mundos dentro e portas dentro da porta dos mundo e as raparigas perguntam as respostas sem espelhos, ou espelhos das portas no mundo da porta que a rapariga abre, antes da porta no mundo do espelho apagado na porta de outro espelho... que poeta pode ser o que uma rapariga precisa do mundo, o porta, nada mais, sem espelho, luz ou sombra caídos quando a rapariga não vê a poesia e pergunta ao poema onde está o poeta, em que bolso esconde a chave
Raul Albuquerque